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sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Que democracia ? ? ? ...

                                                    


Nos últimos anos, a "responsabilidade social das empresas" se transformou em expectativa de resposta para o paradoxo do capitalismo democrático. Trata-se agora de assunto quente nas escolas de negócios; em 2006, mais da metade de todos os currículos de mestrado em gestão de negócios exigia que os alunos cursassem pelo menos uma disciplina sobre o assunto. Dezenas de milhares de executivos ouvem com atenção consultores que se especializaram no tema e explicam sua importância. Autoridade de várias nações que se reúnem no Forum Econômico Mundial, em Davos, Suíça, discutem solenemente e proclamam seu compromisso com a questão.

Hoje, numerosos "Auditores Sociais" analisam o desempenho de seus clientes sob esse aspecto, centenas de empresas publicam relatórios vistosos enaltecendo o empenho com que se dedicam a essas novas atribuição. ONGs, Sites, e entidades de levantamento de fundos em tempo integral, pasme, pelo menos 800 fundos de investimentos em todo o mundo declaram concentrar seus recursos em empresas "socialmente responsáveis". O Pacto Global das Nações Unidas, em Davos (1999) define os objetivos da responsabilidade social das empresas. Em 2006, entre seus signatários se incluíam mais de 300.000 empresas em todo o mundo (A Inglaterra até tem um ministro para tratar do assunto).

Grande parte das iniciativas nesta área são bem intencionadas, boa parte é sincera e transparente, porém quase tudo ocorre fora do processo democrático, ou seja, nada muda na regra do jogo. Encarar a tendência como uma nova forma de Capitalismo Democrático é não compreender a lógica do SUPERCAPITALISMO. Também é desviar a atenção da tarefa mais difícil, porém a mais importante, de definir novas regras que protejam e promovam o bem comum e evitem que o SUPERCAPITALISMO domine a política.