Resolvi escrever este artigo
com o intuito de proporcionar aos leitores um conhecimento básico da
importância de se obter ajuda de um profissional qualificado em momentos
extremos de trauma, dor e sofrimento psíquico quando se tem uma notícia da
descoberta de uma doença grave ou rara.
Acredito que nós, PSICÓLOGOS, devemos contribuir para que
o paciente desenvolva ferramentas de busca constante do EQUILÍBRIO EMOCIONAL,
levando-o a entender os diversos conflitos postos devido a sua patologia
vivenciada.
A doença crônica ou rara se caracteriza como um estado
patológico permanente, que produz alterações psicológicas - muitas das vezes
irreversíveis - e requer um apurado processo de observação, controle,
equilíbrio e cuidados.
Devemos trabalhar com este paciente no sentido de
resgatar a essência da vida que foi interrompida, mesmo que temporariamente,
com a descoberta da doença. O paciente neste momento vivencia e experimenta a
ausência do corpo saudável, perda da capacidade de trabalho e muita das vezes a
perda dos seus sonhos. É necessário proporcionar a ele um suporte para seu
sofrimento a ajudá-lo na auto-aceitação de sua condição humana e, assim,
facilitar na adesão ao tratamento.
Realmente é um enfrentamento complexo, por isso também, o
apoio dos amigos e da família é extremamente importante afim de colaborar com a
manutenção do tratamento e reduzir o impacto negativo da doença na vida do
paciente, possibilitando a ele melhor qualidade de vida e abrindo novos
horizontes que antes era impossível se pensar.
Por fim, a forma como a experiência do sofrimento e do
recebimento de se ter uma doença crônica ou rara é exclusivamente pessoal,
subjetiva e, portanto, há distintas possibilidades para lidar com esta
experiência, seja extraindo deste sofrimento lições que poderão levar o
paciente ao crescimento pessoal ou até mesmo levá-lo ao desespero sucumbindo os
motivos que o mantém vivo.
Por isso vale a pena NÃO DESISTIR JAMAIS do tratamento!
Viva um dia de cada vez, procure sempre estar firme e perseverante focando a
vitória, pois a vitória do paciente é a nossa vitória.
(Vitor Rodrigues da
Silva - Psicólogo Clínico - CRP 05/38549) .