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terça-feira, 2 de maio de 2017

A PSICOLOGIA FRENTE AO PACIENTE COM DOENÇA CRÔNICA.



Resolvi escrever este artigo com o intuito de proporcionar aos leitores um conhecimento básico da importância de se obter ajuda de um profissional qualificado em momentos extremos de trauma, dor e sofrimento psíquico quando se tem uma notícia da descoberta de uma doença grave ou rara.

            Acredito que nós, PSICÓLOGOS, devemos contribuir para que o paciente desenvolva ferramentas de busca constante do EQUILÍBRIO EMOCIONAL, levando-o a entender os diversos conflitos postos devido a sua patologia vivenciada.

            A doença crônica ou rara se caracteriza como um estado patológico permanente, que produz alterações psicológicas - muitas das vezes irreversíveis - e requer um apurado processo de observação, controle, equilíbrio e cuidados.

            Devemos trabalhar com este paciente no sentido de resgatar a essência da vida que foi interrompida, mesmo que temporariamente, com a descoberta da doença. O paciente neste momento vivencia e experimenta a ausência do corpo saudável, perda da capacidade de trabalho e muita das vezes a perda dos seus sonhos. É necessário proporcionar a ele um suporte para seu sofrimento a ajudá-lo na auto-aceitação de sua condição humana e, assim, facilitar na adesão ao tratamento.

            Realmente é um enfrentamento complexo, por isso também, o apoio dos amigos e da família é extremamente importante afim de colaborar com a manutenção do tratamento e reduzir o impacto negativo da doença na vida do paciente, possibilitando a ele melhor qualidade de vida e abrindo novos horizontes que antes era impossível se pensar.

            Por fim, a forma como a experiência do sofrimento e do recebimento de se ter uma doença crônica ou rara é exclusivamente pessoal, subjetiva e, portanto, há distintas possibilidades para lidar com esta experiência, seja extraindo deste sofrimento lições que poderão levar o paciente ao crescimento pessoal ou até mesmo levá-lo ao desespero sucumbindo os motivos que o mantém vivo.

            Por isso vale a pena NÃO DESISTIR JAMAIS do tratamento! Viva um dia de cada vez, procure sempre estar firme e perseverante focando a vitória, pois a vitória do paciente é a nossa vitória.

(Vitor Rodrigues da Silva - Psicólogo Clínico - CRP 05/38549) .